sexta-feira, 1 de maio de 2009

1º Maio uma jornada de luta cada vez mais necessária

Da História
No dia 1 de Maio de 1886 realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados Unidos da América. Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de centenas de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA. No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns protestantes. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, a 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.
A 23 de Abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adota o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países.
O Dia do Trabalhador no mundo
Alguns países celebram o Dia do Trabalhador em datas diferentes de 1 de Maio:
Austrália: A data de celebração varia de acordo com a região: 4 de Março na Austrália ocidental, 11 de Março no estado de Vitória, 6 de Maio em Queensland e Território do Norte e 7 de Outubro em Canberra, Nova Gales do Sul (Sidney) e na Austrália meridional.
Estados Unidos da América: Celebram o Labor Day na primeira segunda-feira de Setembro
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Dia do TRABALHADOR EM PORTUGAL

Até 1974 era PROIBIDO comemorar 1º DE MAIO, por imposição do regime.
Em Portugal era bem diferente em 1974, existia a unicidade sindical e o primeiro de Maio foi celebrado em todas as cidades de norte a sul do País, ainda acalentado pelo 25 de Abril, estas manifestações tinham como palavra de ordem “ O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO “ .

No ano de 1975, as duas centrais sindicais ainda comemoraram juntas o 1º de Maio.


Posteriormente, houve um afastamento das duas centrais sindicais, quanto às comemorações do 1º Maio.
Ontem como hoje, é importante que, os sindicatos sejam mais fortes e mais coesos na luta sindical, sendo, necessário uma maior adesão dos trabalhadores aos sindicatos.
Em Portugal, a perda de direitos está cada vez mais acentuada, todos os dias assistimos à queda dos direitos no trabalho adquiridos depois de Abril de 74, é olhar para o novo código do trabalho, para a nova legislação em relação à função Publica RCTFP, as medidas em relação aos aposentados e à aposentação, a destruição do serviço nacional de saude, que em torno de um senhor chamado deficit tudo se justifica, no entanto poderemos observar que neste momento por medo do despedimento, os trabalhadores portugueses estão cada vez menos sindicalizados, sendo neste momento cerca de 24% da população activa os sindicalizados, o que se torna preocupante, pois dá azo a que cada vez menos se cumpram horários de trabalho, contratos colectivos de trabalho verticais e haja especulação por parte dos empresários, levando os trabalhadores a serem escravizados, com salários abaixo da média, e estando a avizinhar-se uma nova legislação comunitária, que prevê que os trabalhadores oriundos do leste da Europa recebam pelos salários dos seus países de origem, irá certamente agravar a situação dos trabalhadores portugueses.

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