quarta-feira, 15 de julho de 2020

Estremoz, os seus grandes investimentos perdidos em cem anos.

Coleção de postais de Estremoz de: Albino Carrasquinho
Estávamos no início do século vinte e para os lados da fonte do imperador segundo os mais idosos, reza a história que houve uma aparição, parecida com a que veio anos mais tarde a vingar na Cova da Iria. Segundo aquilo que os mais velhos dizem, houve, alguém que não ciente daquilo quer lhe haviam dito, foi investigar as ditas aparições na fonte do imperador e, encontrou um emaranhado de fios que sustentavam a imagem, logo aí caí por terra as aparições na fonte do imperador. Se este nosso velho conterrâneo não tivesse sido levado pela sua curiosidade, hoje, se calhar seriamos o centro do mundo religioso Português.


Talvez seja este o primeiro sinal que Estremoz poderia desenvolver, no entanto a curiosidade pôs termo ao que poderia ter sido o el dourado desta cidade.

Mais tarde nos anos 60 altura em que se deu o boom na construção automóvel Estremoz voltou a estar na 1º linha de preferências para a construção de novas fábricas no entanto debateram-se os proponentes com a oposição dos então nomeados pelo Estado Novo presidentes do município, mais uma vez, Estremoz ficou a marcar passo em relação a Vendas Novas que,  na altura abraçou a oportunidade tendo sido um polo de desenvolvimento para aquela cidade, na altura elevada a cidade de 3ª de âmbito rural.

Continuando no século passado, empresas de logística e outras até procuraram Estremoz para se fixarem no entanto, a parte burocrática era de tal ordem que desistiam pouco depois de se quererem instalar e, procuravam outras paragens onde se instalaram como, o polígono de Badajoz, onde lhe foram dadas facilidades estamos a falar de empresas que geravam cerca de 600 postos de trabalho diretos fora os postos de trabalho que criavam em termos indiretos.

Hoje, até temos várias zonas industriais, duas de pequena industria e uma de grande industria e pelo que, se pode observar temos uma zona de grande industria onde imperam as empresas familiares que, se deslocalizaram na sua maioria da zona de pequena industria de Estremoz.

Postos de trabalho novos criados??? Se forem 50 ou 60 serão muitos.

Claro que as faladas grandes empresas nenhuma vingou, foi o matadouro, morreu, foi a cervejeira ficou embriagada e esqueceu-se de vir para Estremoz e, como estes muitos outros investimentos que não passaram de meros sonhos tornados públicos.

Mais recentemente falava-se de uma clínica com chineses à mistura, palpita-me que com o COVID19 vá ser mais uma realidade que não passa de um sonho e, a promessa de 500 ou 600 postos de trabalho que vai pelo cano.

Como diz o  poema da canção “ Cá pra mim não há ó gente  ó não” que tenha aquilo que é necessário para desenvolver este concelho em termos de fixação da população jovem, precisamos com urgência de alguém com visão estratégica para este concelho, estamos a um ano de eleições autárquicas, é altura de fazer um recuar no tempo e analisar o que foi feito em prol do concelho, obras de fachada não seguram jovens, precisamos sim de incentivos para que os jovens se fixem, precisamos nesta nova realidade, procurar investidores para o nosso concelho e agora está na hora certa de começar a programar o futuro desta cidade, á semelhança de outros municípios que já estão no terreno em busca dessas mesmas novas oportunidades de negocio.

Os números valem o que valem, mas ajudam a perceber o que foi feito pelo concelho e pelos jovens estremocenses nos últimos 14 anos. Em 2005 tínhamos 13.713 cidadãos com mais de 18 anos em 31 de dezembro de 2019, temos 11.468 ou seja perdemos 2.245 o que nos dá uma média de perda de, 160 pessoas por ano.

 Claro que há mais aqui apenas foi efetuado um pequeno resumo.


1 comentário:

Zé Carlos disse...

Será que José Rondão Almeida, Ex Presidente do município de Elvas, (ou um seu discípulo) está disponível para abraçar um projecto de desenvolvimento para a cidade de Estremoz?
Iremos eternamente ficar a marcar passo?

Eu, votarei num candidato com visão de futuro, independentemente do partido.

Já chega de projectos que, a quando executados, já estão ultrapassados.