domingo, 19 de julho de 2020

Algumas questões a ponderar para Estremoz II

Foto: Albino Carrasquinho

Assim terminei o (I) “Hoje os cursos técnicos que eram ministrados nas componentes mecânica e eletricidade, só mesmo no IEFP em Portalegre ou Évora. “ 

Vou escrever o que penso que poderia ser feito neste concelho para a fixação de jovens recém-formados, desempregados e outras situações de emprego precário. 

Vou falar em algo que todos já ouvimos falar, a construção de um ninho de empresas, uns irão dizer que não resulta e não se justifica, para isso, apresentando como justificativo aqueles que não funcionaram talvez, por serem inadequados ao meio em que se inseriram ou por falta de visão de quem regulamenta, outros há que resultaram e são um sucesso. 

Seria talvez boa ideia, procurar junto dos que tiveram sucesso qual a sua fórmula e se se podem adaptar à nossa realidade. 

Esta medida poderia ser inserida no apoio a jovens que terminavam os seus cursos superiores ou mesmo o 12 ano nas áreas profissionalizantes, dando-lhes os apoios que seriam necessários para que se instalassem e desenvolvessem os seus projetos, até terem pernas para andar sozinhos. 

Outro foco de população a abranger, seria a dos desempregados de longa ou curta duração isso é indiferente, poderiam também aqueles que se encontrassem a trabalhar em situação precária serem enquadrados neste tipo de iniciativa. 

Que seria necessário para esta implementação, um ou vários pavilhões na mesma área geográfica, água, luz, comunicações. 

Estes pavilhões teriam áreas comuns para reuniões e formação bem como equipamento comum, cada espaço seria o suficiente em área para o tipo de empresa. 

Como exemplo, uma empresa de software no âmbito da programação com dois ou três jovens seriam necessários provavelmente 100 metros quadrados, no caso de uma de montagem de hardware, já seria possivelmente uma área 5 vezes superiores contando com a linha de montagem e armazenamento, o mesmo se aplicaria a outro tipo de empresas nas áreas da eletricidade, mecânica, serralheria, cantaria, estufagem , carpintaria entre outras. 

Como não há bela sem senão, esta utilização de espaço, água, luz teria o seu prazo. Era atribuído de acordo com o projeto apresentado, por um período não superior a 3 anos em regime de comodato, no entanto, se a empresa já tivesse conseguido se implantar no mercado seria mais cedo e anteciparia a sua saída do ninho. 

Poderiam ser parceiros nesta iniciativa, o Município, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, nas suas vertentes de formação ou de apoio social, as Escolas Profissionais, Associações Empresariais, as Escolas do Ensino Público, a Universidade de Évora, a Segurança Social, entre outros. 

Esta é mais uma sugestão para que os nossos filhos não abandonem o nosso concelho depois de formados e para que quem cá está por motivos de desemprego ou de emprego precário não tenha de sair em busca da sua subsistência. 

Recordo os números dos maiores de 18 nos últimos anos 2009 – 13.265 ### 2019 – 11.468 em 10 anos é bonito numero negativo de 1797 cidadãos.

1 comentário:

Kruzes Kanhoto disse...

Por mim, ainda que situações como as que descreves sejam positivas e de adoptar, acredito que o teletrabalho pode contribuir para trazer mais gente para o interior em geral e Estremoz em particular. Isso aliado a uma forte redução dos impostos sobre o trabalho e sobre a empresas que apostassem nesse método de trabalho. Já saiu, ou está para sair, qualquer coisa nesse sentido mas, por enquanto, apenas para a função pública. O que é pouco, muito pouco, mesmo!