sexta-feira, 17 de julho de 2020

Algumas questões a ponderar para Estremoz I

Foto: Albino Carrasquinho arquivo
Hoje, dou início a um ciclo de textos sobre o nosso concelho e o que na minha opinião será necessário para o desenvolvimento sustentado do nosso concelho, ideias que poderão ou não ser adotadas nos programas eleitorais que se avizinham, sendo que esta é a minha opinião pessoal e não está vinculada a nenhuma candidatura futura ao concelho de Estremoz.

Noutros anos a esta altura, já circulariam nomes de candidatos a Presidente do Município, estamos numa época atípica e os candidatos ainda estão no segredo dos deuses embora, se especulem nomes.

Já escutei muitos nomes para as diversas forças e li alguma coisa sobre eventuais candidatos, por enquanto só me parece haver um certo, de acordo com o último jornal “E”.

Como prometi no último artigo de fundo que escrevi neste blogue, vou fazer uma pequena análise das perdas de população que temos tido no nosso concelho.

No último século tirando o período final dos anos 50/60 a população até estava num padrão a rondar os 20.000 habitantes, no entanto para esta população existiam alguns serviços a funcionar, as pedreiras e o mundo rural não garantindo o sustento para tanta gente então, com o desenvolvimento da siderurgia, das empresas de construção naval, industrias químicas e de rações entre outras no litoral houve, uma migração massiva de estremocenses para a zona de Lisboa a maioria, sem qualquer escolaridade ou mesmo de baixo índice escolar.

O Estado Novo, acaba por causa da guerra, desenvolver as escolas modelo centenário para a formação dos jovens para a guerra e aí, surge a formação até à 3ª ou 4ª classe, quem não a concluísse nestes estabelecimentos, acabaria por o fazer na tropa (homens).

Como Estremoz para o Estado Novo, era um polo de desenvolvimento sustentado, apostou na construção de um mega estabelecimento de ensino que, agregava alunos dos concelhos vizinhos de Arraiolos, Sousel, Fronteira, Monforte, Borba e Vila Viçosa. A então Escola Industrial Comercial de Estremoz, bem equipada com tecnologia de ponta à época, estava destinada a criar trabalhadores para as mais diversas áreas técnicas que eram necessárias para a região e, para a fixação de seus jovens em sectores como a metalomecânica, pedreiras, carpintaria, artesanato, escritórios, eletromecânica e eletricidade e claro, uma área que não gosto de falar que era a formação feminina, dedicada às raparigas que na altura, aprendiam aqui além das outras formações a serem donas de casa (um curso que era uma aberração mas, era a mentalidade e a realidade da altura). Claro que todos tinham formação adequada para serem recebidos em qualquer empresa.

Em Estremoz, nos anos 60 o Estado Novo deu uma abertura para que esta cidade tivesse infraestruturas para a formação de técnicos, oferta esta, que não foi aproveitada, quer pelos autarcas da época, quer pelos empresários do concelho.

Mais tarde corria o ano de 2005, esta escola voltou a ser notícia pois foi remodelada e reajustada para a realidade de hoje no entanto, pelo que pude observar a velha componente técnica perdeu-se em favor de outras formações. 

Hoje os cursos técnicos que eram ministrados nas componentes mecânica e eletricidade, só mesmo no IEFP em Portalegre ou Évora. 

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