quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Estremoz - comunicado do MiETZ

Venho por este meio solicitar que divulgues no teu blog "Estremoz em Debate", um comunicado do MiETZ - Movimento independente por Estremoz, encabeçado pelo Luis Mourinha, sobre a temática da água no concelho de Estremoz, e em especial tendo em conta a realização da conferência de imprensa promovida pela CME.


Um abraço,


CONFERÊNCIA DE IMPRENSA SOBRE A ÁGUA

Na sequência da conferência de imprensa dada pela actual gestão da Câmara Municipal de Estremoz, no passado dia 19 de Janeiro, acerca da problemática da falta de água no concelho de Estremoz, parece ter ficado claro por que motivo não há água nas torneiras dos Estremocenses. Trata-se de mais uma demonstração da incapacidade do actual executivo para resolver os problemas que nos afectam a todos. Senão, vejamos:
1 – Desde 2006 que as captações começaram a extrair menos água e todos os meses a sua capacidade diminuía, segundo a informação dada pelo Presidente Fateixa;
2 – Apesar de se verificar esta situação, nada fizeram para a alterar, nem para a tentar resolver, até Janeiro de 2009;
3 – O Sistema de Telegestão só tem informação sobre uma bomba de água e de nada adianta colocar um quadro para Telegestão na captação do Álamo se o sistema não funcionar;
4 – O executivo informou que um dos problemas reside no facto de a água não ser canalizada directamente da captação das Chocas para os novos depósitos junto à zona industrial de Estremoz. Isto não corresponde à verdade, pois o que acontece é que, por iniciativa da actual gestão camarária, é utilizado o bypass próximo da Frandina, originando que a água não vá directamente da captação aos depósitos;
5 – Dizia há pouco tempo o Vereador do Pelouro das Obras Municipais que esperava que chovesse para minorar o problema. Vem agora a público dizer que, mesmo que chova, a água pode demorar muitos anos a chegar aos furos. Afinal em que ficamos?
6 – Podem também explicar como é que diminuindo as captações de água aumentam os metros cúbicos tratados nas Chocas?
7 – O presidente Fateixa desculpa-se ainda com o argumento de que se o concelho de Estremoz tivesse entrado para o Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Águas (Águas do Alentejo Central), parte deste problema já estaria resolvido. Não é assim: se o Partido Socialista, na altura no Governo, tivesse aprovado os dois sistemas (Multimunicipal e Intermunicipal) hoje este assunto estaria resolvido e ficaria bem mais barato aos Estremocenses. Quanto vai custar, em Janeiro do próximo ano, o metro cúbico de água?
8 – O que efectivamente lhes interessa é a passagem da rede de abastecimento em baixa para as Águas de Portugal, sem concurso público, para depois mais tarde ser concessionada a privados, como aconteceu com a Aquapor, comprada recentemente pela Bragaparques, sem que os municípios recebessem um cêntimo. Trata-se de tornar a água em mais um rentável negócio privado, em que os beneficiados são sempre os mesmos…
9 – Por outro lado, porque não está ainda construída a Barragem de Veiros? As promessas sucedem-se e o que é facto é que não se vislumbra para um futuro próximo a entrada em funcionamento do abastecimento a partir desta albufeira.
10 – Finalmente, não há desculpas credíveis por parte do executivo, uma vez que os funcionários do sector avisaram em devido tempo. Porque não foi resolvida a situação? Uma vez mais são os Estremocenses, privados de um bem essencial a que têm direito, a pagar pelos erros deste executivo.
Os Estremocenses merecem mais e melhor.

Luís Filipe Pereira Mourinha
Candidato Independente à Câmara Municipal de Estremoz / Autárquicas 2009
21 de Janeiro de 2009

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