Hoje, dedico ás ruas da minha Cidade Branca onde brilha o mármore o poema "Ruas da minha cidade"(poema de Joaquim Pessoa) e, conforme a foto que se segue que comprova isso mesmo, uma cidade branca e limpa, onde o lixo se amontoa pelas ruas e passeios, estes mais parecem uma pastagem para as ovelhas.
Ruas da minha cidade
Veias que o meu sangue abraça
E põe cravos de ansiedade
Na lapela de quem passa
Ruas da minha cidade
Onde perco o coração
Poema diz a verdade
Diz a verdade canção
Ruas da minha cidade
Amanhecendo a firmeza
De uma ponte entre a saudade
E um Abril à portuguesa
Ruas da minha cidade
Onde vingo as minhas asas
O meu nome é liberdade
E moro em todas as casas
Ruas da minha cidade
Praças da minha alegria
Onde antes da claridade
Era noite todo o dia
Ruas da minha cidade
Onde o velho é sempre novo
As ruas não têm idade
Porque são todas do povo
Ruas da minha cidade
Becos de ganga puída
Oficinas da verdade
Dos operários desta vida
Ruas da minha cidade
Janelas do meu olhar
Onde os pardais da amizade
À tarde vêm poisar
Ruas da minha cidade
Rasgadas por minha mão
A gente passa à vontade
Quando pisa o nosso chão
Ruas da minha cidade
Aonde eu quero morrer
Com cravos de eternidade
Dos meus olhos a nascer
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