Estávamos no séc. XIX, a olaria Alfacinha, assim batizada por o seu dono ser de Lisboa, surge na rua do Arco.
Esta olaria, revolucionou a forma de olhar o barro na cidade de Estremoz e no panorama Nacional, sendo mesmo algumas peças alvo de cópia na capital, esta olaria opera a sua revolução na forma de construção, baseando a mesma em embutidos de temas naturalistas, ganhando assim muitos prémios a nível nacional.
Ainda me lembro que, quando andava na escola corriam os anos 70, de uma visita que fiz ao museu e seus bonecos e, à olaria alfacinha onde achei na altura piada às senhoras a colocarem pedrinhas de mármore, nos botões das bilhas, não me recordo neste momento se eram 3 se 4 por cada botão, alem de desenhos tipo corações e outros. Recordo também que estavam senhoras a fazer bonecos de Estremoz e a pintar, arte esta que, tinha sido recuperada por Sá Lemos que, assina a escultura do Sátiro, sendo professor na escola em Estremoz, foi um dos impulsionadores da arte bonequeira levando no seu sonho de recuperar esta arte secular praticamente perdida, à família Conceição que aceitou o desafio.
Há uns anos atrás, esta fabrica fecha e perdem-se algumas tradições na nossa barristica hoje, praticamente não temos olaria tradicional, seria bom que alguém pensasse em recuperar esta tradição e o próprio imóvel, colocar na formação profissional.
A construção de cântaros, bilhas pratos e outro acessórios de barro com as características da olaria alfacinha, usando como base o espolio existente no museu Municipal, poderia ser uma boa forma de fazer o arranque dessa formação e,, se começasse de novo a trabalhar de roda o barro em Estremoz.
Seria mais uma forma de elevar a nossa tradição cultural, e talvez aproveitar a bazuca Europeia que por aí vem..
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