terça-feira, 14 de julho de 2009

Depois da lixivia

Voltando ao normal, hoje irei continuar a falar de política laboral.
Com as novas legislações implementadas de há quatro anos para cá poderíamos dizer que no computo geral os trabalhadores Portugueses sejam do sector público ou privado tiveram perdas efectivas no que respeitam aos seus direitos.
Hoje falarei principalmente da A.P.
Certo seria dizer que para alguns a reforma que se deu na Administração Pública era a adequada, mas se olharmos para o que aconteceu na realidade ela pura e simplesmente abre as portas à discriminação politica, social e racial, colocando na mão dos decisores a decisão de quem progride ou sobe nas suas carreiras, visto que, existe um leque de anos de transição por pontos atribuídos, poderíamos dizer que há funcionários a subir em três/quatro anos, enquanto outros, poderão levar 10,12,14...36 anos a subir um escalão e isto porque existem notas negativas que descontam um ponto na classificação anterior ou seja, se alguém não colhe a graça do administrador sujeita-se a entrar com o salário mínimo e a ser aposentado com o mesmo salário mínimo enquanto outros que colheram as cores do administrador, em meia dúzia de anos estão nos lugares cimeiros sem que para isso tenham feito alguma coisa de válido, bastando, saber levar e trazer as noticias que interessam contadas da maneira que convém.
Se observarmos nas questões das regalias sociais obtidas através de descontos obrigatórios, mais uma vez os trabalhadores da Administração Pública tiveram uma série de perdas significativas nas comparticipações não obstante pagarem mais 0,5% do seu vencimento que o sector Privado.
A tentativa de fusão dos dois sistemas de segurança social não é mais que o retirar a quem mais paga, direitos. Quanto ao sector Privado, quando for para igualizar gostaria de ver a mesma alegria que tiveram quando os funcionários públicos foram aumentados nas comparticipações. Não se esqueçam que os políticos para igualar não baixam o imposto, agora cabe ao sector privado ser aumentado em meio ponto percentual veremos o impacto que dará em termos de opinião pública.

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