quarta-feira, 23 de maio de 2007

Criar um aeroporto no deserto


Hoje o Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações do XVII Governo Constitucional Eng. Mário Lino Soares Correia, comparou o sul de Portugal a um deserto e as suas palavras foram "" É faraónico fazer um aeroporto na margem sul, onde não há gente, onde não há escolas, onde não há hospitais, onde não há cidades, onde não há industria, onde não há comercio, onde não há hotéis, e onde há questões ambientais da maior relevância que são de prevalecer (...) há impactos que são mortíferos, não se pode construir um aeroporto, onde há uma rota migratória de aves, tudo o resto pode ser óptimo, mas isso é mortal, não se pode construir um aeroporto, onde há o maior aquífero de águas subterâneas da península ibérica, tudo o resto pode ser óptimo, mas isso é mortal e também não se pode construir um aeroporto, onde não há ninguém, pode construi lo no deserto do Saará, mas é mortal... ""
Depois destes considerandos todos e pela elevada estima, que este nosso governante tem pelas populações de Além Tejo, dá para perceber que somos o filho enjeitado que foi roubado aos Mouros, fomos comparados ao deserto do Saará.
É com verdade que o interior sul está cada vez mais despovoado e por culpa de quem?
Como podemos ver ao longo da história, as migrações têm levado ao reduzir das populações do interior, devido ao não investimento industrial pelas mais diversas razões.
No entanto estas afirmações têm a marca deste governo e leva-nos a levantar, algumas questões:
  • Quem fechou as escolas no interior do País?
  • Quem fechou Hospitais e maternidades, obrigando a que os nossos filhos, nasçam em território Espanhol?
  • Quem tem contribuído, pela não continuação de empresas sediadas na nossa região, permitindo a sua deslocalização, para os novos parceiros da União Europeia?
  • Quem tem contribuído, para a ruína do nosso comercio nas zonas raianas, com o aumento de impostos, de maneira a que se adquirem bens de uso comum como o gás entre outros, a metade do preço que se pratica em Portugal ?
Enfim temos uma coisa boa, o negócio do século XXI para as Águas de Portugal, o maior aquífero subterrâneo da IBÉRIA, e a passarada, que com um pouco de azar, ainda nos trás a gripe das aves.
Pois é, ainda aqui tenho atravessado o " NINGUÉM", é que para si esta palavra, referencia-se a 1.259.567 eleitores,cerca de 14% da população Portuguesa, dos quais 416.312 zés ninguém votaram em si cerca de 33% desta região, no entanto estes zés ninguém são mais que os votantes, nas eleições para a Assembleia da Républica da sua terra natal, Lisboa, em que votaram 1.186.664, se nós somos zes ninguém, quem serão os habitantes de Lisboa?

Este alentejano, fica agradecido pela consideração que o senhor tem pelas populações do sul, embora fique triste, por um filho ter brigado com os pais no norte, se calhar estávamos melhor.
(imagens de ueba.com.br e www.cbers.inpe.br)
imagens de um deserto com aviões nem que seja sucata.

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