terça-feira, 15 de junho de 2010

AQUISIÇÃO DO PRÉDIO “PALÁCIO DOS MARQUESES DE PRAIA E MONFORTE”


Na sua reunião do passado dia 2 de Junho, a Câmara Municipal de Estremoz aprovou a aquisição do Palácio dos Marqueses de Praia e Monforte, sito na Rua Vasco da Gama, desta cidade, e vulgarmente conhecido como “Círculo Estremocense”. A proposta, apresentada pelo Senhor Presidente da Câmara, Luís Mourinha, foi aprovada por maioria, com os votos a favor do Presidente e Vereadores Francisco Ramos, José Trindade e Sílvia Dias, dois votos contra dos Vereadores António Ramalho e José Fateixa e uma abstenção do Vereador José Ramalho.
O valor de aquisição proposto pelo Senhor Presidente foi de 250.000€, acrescidos da cedência de um lote de terreno na futura Zona Industrial de Arcos (lote n.º 2, com uma área total de 10.108 m2).
Para além de ter votado contra a aquisição em reunião de câmara, veio o Vereador António Ramalho publicar no seu blogue de opinião pessoal “ad valorem” (http://advaloremportugal.blogspot.com), no dia 7 de Junho de 2010, uma série de afirmações acerca desta aquisição que não correspondem à verdade dos factos, pelo que a câmara municipal entende ser necessário clarificar, junto dos Estremocenses, esta questão.
Afirma o Senhor Vereador, no seu artigo com o título “A propósito da compra do Círculo”, o seguinte:
“(…) tenho a informar que o custo de aquisição do Palácio denominado dos Marqueses da Praia e Monforte (…) é SIGNIFICATIVAMENTE SUPERIOR aos 250 mil euros anunciados. (…) o Senhor Presidente esqueceu-se de referir que vai também entregar, a título de pagamento, um lote urbanizado (em rigor a urbanizar a expensas do Município) na Zona Industrial de Arcos cujo terreno de implantação custou há alguns anos atrás €181.532,50. Ora, somando 250 com 181 já vamos em 431 mil euros.”
Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que o Senhor Vereador António Ramalho teve acesso à documentação que lhe foi enviada antes da sessão de câmara, pelo que certamente terá lido, na proposta de aquisição que foi presente na reunião, o que a seguir se transcreve:
“Pela aquisição das supra mencionadas fracções proponho o pagamento de 250.000,00 € e, após aprovação pelos órgãos competentes e registo na Conservatória do Registo Predial de Estremoz, a atribuição do lote de terreno nº 2, com a área de 10.108 m2, sito no Plano de Pormenor da Zona Industrial de Arcos, em processo de alteração (nos termos do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial), cujos terrenos em que se situa o lote possuem uma área total de 72.613 m2 e foram adquiridos pela Câmara Municipal por escritura lavrada em 26/11/2003 pelo preço total de 181.532,50 € a que corresponde o valor de 2,50 € / m2.”
Por essa razão, o Senhor Vereador não pode vir a público referir que o Senhor Presidente “se esqueceu de referir que vai também entregar, a título de pagamento, um lote urbanizado na Zona Industrial de Arcos”, uma vez que a proposta é bem clara em relação a essa questão.
Ao que parece, quem se esqueceu de ler bem a proposta e que não lhe prestou a devida atenção foi o Senhor Vereador António Ramalho, já que na mesma é também referido que o lote de terreno a ceder pela autarquia se trata do lote n.º 2 da futura Zona Industrial de Arcos, com uma área de 10.108 m2. A parcela de terreno onde este lote se insere, tal como é referido na proposta, possui uma área TOTAL de 72.613 m2 e foi adquirida pelo Município, em 26/11/2003, pelo valor TOTAL de 181.532,50€, ou seja, 2,5€/m2. Assim, multiplicando este último valor pela área do lote (10.108 m2), o mesmo apresenta um valor de 25.270€.
Somando 250.000 com 25.270, verificamos que o valor de aquisição do Palácio dos Marqueses de Praia e Monforte será de cerca de 275.270€.
As declarações do Senhor Vereador poderão, inclusive, ter induzido em erro a própria comunicação social local, uma vez que o Jornal Brados do Alentejo, na sua edição n.º 739, de 10 de Junho, publicou o artigo “Aquisição do Círculo controversa”, onde é referido que “o prédio custará à Câmara Municipal de Estremoz 250 mil euros e a atribuição ao proprietário de mais um lote de terreno, com a área de cerca de dez mil metros quadrados, na Zona Industrial de Arcos, no valor de cento e oitenta e um mil e quinhentos e trinta e dois euros e cinquenta cêntimos”.
É certo que, obviamente, há que executar as obras de infraestruturação da Zona Industrial de Arcos, mas esse projecto será candidatado aos fundos comunitários, pelo que não podemos, neste momento, avaliar o que este custo representa na cedência do lote em causa. No caso em concreto, não estamos a falar de “dez hectares de terreno”, como o Senhor Vereador refere, porque o lote em questão apenas possui um hectare e, para além disso, estando localizado junto a um caminho municipal já existente, os custos inerentes à sua infraestruturação serão bastante mais reduzidos.
Quanto às obras de recuperação e conservação de que o edifício necessita, as mesmas serão incluídas no Programa de Regeneração Urbana da Cidade de Estremoz, cujo Plano de Acção física e financeira se encontra actualmente em reprogramação, permitindo assim o co-financiamento comunitário da obra, pelo que é completamente extemporâneo falar em valores adicionais para o custo do mesmo, sem serem conhecidos os custos da intervenção e sem ter em conta a possibilidade de comparticipação a 80% do valor total.
O que é certo é que o executivo entendeu que esta aquisição poderá revestir-se de elevada importância, quer pelo valor patrimonial e histórico do edifício, quer pelo próprio valor da aquisição. Neste aspecto, é de salientar que, de acordo com a avaliação efectuada pelos técnicos do Município, o imóvel foi avaliado em 417.000€, um valor muito superior ao da aquisição, o que se revela uma oportunidade para o Concelho de Estremoz, vir a poder usufruir de mais um espaço público para realização de diversas actividades municipais e, até mesmo, para instalação de serviços de utilidade pública.
Se os motivos económicos não justificassem a aquisição, poderiam ser invocados os motivos históricos, já que o Palácio dos Marqueses de Praia e Monforte é uma construção palaciana, erigida no século XVIII, ocupada pelos Serviços Municipais entre 1797 e 1845, posteriormente adquirida pelos Marqueses de Praia e Vitória.
Esclarecido o “equívoco” do Senhor Vereador, resta-nos apenas que o referido senhor venha agora a público, junto da população Estremocense, admitir o seu erro de cálculos.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

quarta-feira, 19 de maio de 2010

MUNICÍPIO DE ESTREMOZ ABANDONA ÁGUAS DO CENTRO ALENTEJO



A Câmara Municipal de Estremoz aprovou hoje, dia 19 de Maio, em reunião ordinária, a saída do Município de Estremoz do sistema multimunicipal de abastecimento de águas e saneamento “Águas do Centro Alentejo S. A.”, com três votos a favor do Presidente e Vereadores do MiETZ, dois votos contra dos Vereadores do PS e uma abstenção do Vereador do PSD.
A proposta, apresentada pelo Senhor Presidente, Luís Mourinha, para abandono deste sistema teve como base razões de ordem técnica, económica e jurídica, na sequência da análise dos contratos existentes com a empresa e de pareceres elaborados pelos serviços municipais.
Uma das principais razões está relacionada com o preço que os munícipes viriam a ter que pagar se o Município continuasse neste sistema. Em termos comparativos, se em 2010 o preço médio da água ao consumidor é de 1.13€/m3, com a continuação do Município neste sistema esse valor subiria para 3.66€/m3, que é o valor praticado pela Águas do Centro Alentejo, nos termos em que o contrato foi assinado.
Desta forma, o Município de Estremoz teria obrigatoriamente que adoptar tarifários de venda de água adequados à cobertura dos seus encargos perante a Águas do Centro Alentejo, sendo que ao valor da água em alta seriam acrescidos os custos de manutenção e conservação da rede de distribuição em baixa, bem como os custos administrativos.
Nos termos do contrato existente, o Município teria que pagar em 2011 mais de 1.600.000 metros cúbicos de água quando, na verdade, o caudal necessário para abastecer o Concelho de Estremoz ronda os 650.000 metros cúbicos. Em termos práticos, isto levaria a uma de duas situações: ou os munícipes pagariam o valor total dos custos com o abastecimento de água (o triplo do que pagam actualmente e que, tratando-se de uma população com cada vez menores recursos financeiros, dificilmente conseguiria suportar) ou o Município seria obrigado a subsidiar a água aos munícipes, para manter os valores actuais no consumidor final. A Câmara Municipal não poderá suportar estes custos, uma vez que, ao fazê-lo, iria inviabilizar a realização de investimentos importantes para o Concelho, muitos deles relacionados também com a questão do abastecimento de água e do saneamento.
Por outro lado, verificou-se que o sistema de abastecimento em baixa existente possui perdas da ordem dos 50%, em relação à água que é captada, o que significa que este sistema, que é municipal, deveria ser substituído na generalidade antes de se efectuar qualquer contrato de concessão de água, com o objectivo de virem a ser pagos à Águas do Centro Alentejo apenas os caudais necessários para abastecer a população.
Após a análise do contrato existente com a Águas do Centro Alentejo, concluímos que, até 2019, o Município iria pagar aproximadamente o dobro da água que necessitaria para abastecer o Concelho, devido também ao volume de perdas na rede de distribuição.
Em relação aos motivos de natureza jurídica, o contrato existente refere que o Município iria proceder ao arrendamento das infra-estruturas de abastecimento e tratamento de águas e saneamento. No entanto, estas infra-estruturas integram o domínio público municipal e, de acordo com a legislação em vigor, os imóveis do domínio público estão fora do comércio jurídico, pelo que a figura do arrendamento é legalmente impossível neste caso. Apesar de o executivo anterior ter deliberado no sentido da desafectação destes bens do domínio público municipal, a verdade é que a Assembleia Municipal não aprovou a proposta do executivo e, por essa razão, os contratos existentes são irregulares.
Esta decisão da Câmara será agora submetida à apreciação e votação da Assembleia Municipal e, em caso de aprovação, o Município transmitirá à Senhora Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território a sua decisão de abandono do sistema multimunicipal da Águas do Centro Alentejo S. A.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

EURO GENDFOR

Um email recebido que deixa algumas preocupações sobre a segurança dos próprios estados em termos da sua soberania mais uma vez o Carlos manda temas actuais para o nosso mail e que merecem ser referidos bem como as imagens estão disponíveis nos sites (oficiais) referenciados no final do post .
"Existe um EXÉRCITO SECRETO EUROPEU, que também pode ser chamado de FORÇA SECRETA POLICIAL DE INTERVENÇÃO PARA O ESMAGAMENTO DE REVOLTAS NA EUROPA.
Já se encontra dentro da União Europeia, porém apenas muito poucos sabem disso.
A força possui os mais amplos direitos, tem de momento 3.000 homens e responde pelo nome de “EURO GENDFOR (EUROPEAN GENDARMERIE FORCE)”, ou seja, TROPA DE POLÍCIA EUROPEIA. O seu comando encontra-se em Vicenza, na Itália, longe do Centro da UE.
Quem deu vida a este projecto foi a Ministra da Defesa Francesa, Alliot-Marie, com o objectivo de mais facilmente esmagar levantamentos populares, como os que têm surgido frequentemente em cidades francesas.
Esta força, já existente, pode agora ser empregue por toda a União Europeia, anulando os direitos nacionais e as soberanias dos Estados Membros!
O Tratado de Velsen (Holanda), decidiu de forma inequívoca, que vai ser um CONSELHO DE GUERRA, que vai decidir sobre a sua actuação. Este conselho compõe-se dos Ministérios de Defesa e de Segurança dos países membros da UE, inclusivamente do país onde vai ser aplicado.
Aos olhos dos observadores trata-se de uma clara manifestação de um DIREITO DE OCUPAÇÃO DA EUROPA. Porque, desde que tenha sido decidido por unidades da EURO GENDFOR a ocupação de edifícios e regiões, ficam estas debaixo da sua alçada, já não podendo sequer ser visitadas pelos organismos oficiais do país a que territorialmente pertencem. De facto, existe assim um DIREITO DE OCUPAÇÃO EUROPEU. Porém, a situação pode vir a piorar ainda mais.
A EURO GENDFOR não possui apenas os direitos policiais, mas também a competência sobre os serviços secretos, e, pode, em estreita colaboração com forças militares, restabelecer a lei e a ordem nas zonas consideradas convenientes. Em caso de necessidade, deve esta tropa possuir todos os direitos e acessos a todos os meios considerados necessários, para executar o respectivo mandato.
Graças à EURO GENDFOR encontram-se os governos europeus à vontade. Desta forma podem ordenar o abrir fogo contra as próprias populações em caso de demonstrações de massas, colocar regiões inteiras sobre quarentena militar e prender os principais cabecilhas, sem ter de chamar militares, ou polícias, da sua própria nação, visto existir o perigo destes se solidarizarem com os revoltosos.
A EURO GENDFOR, por sua vez, graças às suas excepcionais atribuições de direitos civis e militares, não pode ser responsabilizada por ninguém.
Este cenário, que parece incrível, tornou-se agora possível através da entrada em vigor do TRATADO DE LISBOA, que não é mais do que a Constituição da UE sob novo título.

A European Gendarmerie Force (EGF) é uma iniciativa de 5 Estados Membros - França, Itália, Holanda, Portugal and Espanha
Iniciativa de Portugal? Porque nunca ouvimos falar disto antes?

As suas funções são:

- Responder á necessidade imediata de conduzir todo o espectro da acções de segurança civil.

Como?

- Sozinhos ou em cooperação cm as forças militares intervenientes.

Reparem que são uma força multinacional.

O quartel general (HQ) está em Vicenza, Itália e reforçam a prontidão das forças.
Olhem só o objectivo:

O objectivo da EGF goal é providenciar a Comunidade Internacional com um instrumento valido e operacional para gestão de crises, prioritariamente à disposição da EU, mas também de outras Organizações Internacionais, como NATO, UN e OSCE, e suas coligações.

Mas ainda há mais!

Vejam quem é o Comandante da Força!



Português: Coronel Jorge Esteves da GNR

É português?! E nunca passou nas noticias nacionais uma coisa destas?

Segundo o site ele comanda desde 26/6/2009, cargo que deixará em 2011.

É da GNR! Agora se percebe porque é que escolhem a GNR para ir para manutenção de paz (como Bósnia, Timor, Afeganistão, Iraque, etc.) em vez das tropas mais especializadas…. Estão a treina-los em situações reais.

O homem é de Abrantes, tem 52 anos e veio do Regimento de Cavalaria.

Ora bem vamos lá analisar o que podem fazer!

A ní­vel estratégico:

- Fazer policiamento em operações de gestão de crise, com base nas conclusões dos Conselhos de Santa Maria da Feira e de Nice:



- Quem pode usar esta Força?

UE, ONU, OSCE, NATO, outras e coligações.

- Quem ordena?

A Estrutura de Comando é a CIMIN (Comité InterMinistiriel de haut Niveau) composta pelos representantes dos responsáveis pelos Ministérios de cada Pais, que assegura coordenação poli­tico-militar, nomeia o Comandante da Força e provisiona-lhe directivas e orientações para o emprego.

Qual a estrutura da Força?
E a ni­vel táctico?

- A Força pode ser posta sob o comando quer tanto de autoridades militares como de civis, por forma, a assegurar a segurança publica, ordem publica e o funcionamento pleno das tarefas judiciais.
(Entrega de alimentos, cuidados médicos não interessa!)

- Não é uma força permanente (é só para repor a ordem… a ordem deles, é uma Força de Intervenção).

- A força é formada num máximo de 800 oficiais de poli­cia, em menos de 30 dias. Para quem ainda não perceba como é que funciona, explicamos: existe um HQ permanente em Itália e, quando necessitam, formam uma força e essa é enviada para a crise, depois de fazer o que tem a fazer esta força é desmantelada.

Mas afinal o que é que eles tem a fazer?

– Missões gerais de segurança pública;

- Missões de manutenção da ordem publica, Combate ao crime;

- Investigação criminal (detecção, recolha, analise de informação);

- Processamento, protecção e assistência de indivi­duos;

- Controlo de tráfego;

- Desactivação de explosivos;

- Combate ao terrorismo e crimes maiores e outros especializados;

- Armazenamento, gestão, recuperação e evacuação de equipamentos, transportes, ajuda médica (não se deixem enganar por este último ponto, pois reparem que não existe distribuição nem de propriamente a ajuda, apenas a organizam);

- Monitorizar e aconselhar a policia local no seu trabalho do dia-a-dia;

- Vigilancia do público;

- Policiamento das fronteiras;

- Serviços secretos;

- Protecção de pessoas e propriedades (esta até é cómica! Vamos ver quem são essas pessoas e propriedades…);

- Treino de oficiais de poli­cia e de instrutores.
.


Por fim vamos aos si­mbolos, este é o logótipo da força em questão:

- O mote “Lex Paciferat” (A Lei trará a Paz);

- A espada como cruz invertida;

- O louro maçónico;

- A granada a rebentar (parece uma planta, mas é uma granada e as chamas a sair dela) –
Pacifistas … !!!????

Sendo tudo isto tão interessante porque não passou nos média nacionais e europeus?»
Fonte: PHI (Politische Hintergrundinformationen) de 26.2.2010, pág. 60.



Ler também
Fonte: DCRP/GNR 23/Jun/2009

“EUROGENDFOR”, ajuda ou desgraça?
Por Rainer Daehnhardt
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