segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Mentiras



Tu julgas que eu não sei que tu me mentes

Quando o teu doce olhar pousa no meu?

Pois julgas que eu não sei o que tu sentes?

Qual a imagem que alberga o peito meu?



Ai, se o sei, meu amor! Em bem distingo

O bom sonho da feroz realidade...

Não palpita d´amor, um coração

Que anda vogando em ondas de saudade!



Embora mintas bem, não te acredito;

Perpassa nos teus olhos desleais

O gelo do teu peito de granito...



Mas finjo-me enganada, meu encanto,

Que um engano feliz vale bem mais,
Que um desengano que noscusta tanto!

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