sexta-feira, 26 de outubro de 2018

CIGANOS DA MINHA CIDADE


Este título é sugestivo a muitas conversas, comentários e outras situações. Utilizo a palavra CIGANO, sem nenhum desprestigio para a etnia em causa pois, este texto irá retratar muitas situações e reavivar memórias de outros tempos.
Recordo que nos anos sessenta/setenta do século passado, existia uma significativa comunidade de etnia cigana na cidade de Estremoz, vejamos então a sua localização, na minha rua ou seja, na Rua dos Carvoeiros e não havia só ciganos, grassava por lá também a mais velha profissão do mundo, mas podia encontrar as pessoas de etnia cigana nas Ruas do Pintor, do Afã, do Nine, dos Mal Cozinhados, da porta da Lage, dos Quartéis, da Direita, do Pintor, na Magalhães Lima, dos Banhos, Pedro Afonso, largo das portas de Évora, entre muitas outras.
Ao que quero chegar quando nesta cidade se fala de integração em relação a este grupo, toda a comunidade estava integrada na vida social e activa da cidade eram meus colegas de escola e de brincadeira, os pais faziam a sua vidinha na arte de vender nas feiras e nos mercados, era uma comunidade pacata.
Distúrbios  também havia como há hoje e, não era só esta comunidade  mas também outros que, se puxarmos pela cabeça são do nosso meio e por graça, costumo dizer as famílias que faziam os desacatos nessa altura ainda são as mesmas hoje em dia, portanto, existe o problema da integração destes indivíduos na comunidade e, que foi feito para os integrar e procurar resolver os problemas, nada!
Hoje olho para os filhos dos problemáticos da altura e, os filhos herdaram os dotes dos seus progenitores, logo aqui falhou a prisão dos pais, as casas correcionais e demais meios de dissuasão, não vi nem psicólogos, nem ação social a resolver este tipo de problemáticas tanto antigamente, como hoje em dia não vejo, e neste paragrafo não falei da etnia cigana.
Portanto digamos que no tempo da outra senhora, os nossos ciganos até estavam integrados na comunidade, viviam no meio de nós e eram respeitados como também eles, nos respeitavam a nós.
Mas este eram os sedentários.
Nos anos setenta junto à muralha da esplanada parque ou melhor no local onde está o quartel dos Bombeiros, e na parte posterior do eis matadouro municipal que, passou a espaço de feiras tradicionais, vivia a comunidade nómada que procurava de alguma forma manter-se pela cidade por algum tempo.
(…)
Continua nos próximos dias com a comunidade nómada que, procurou  o
sedentarismo.

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