quinta-feira, 31 de agosto de 2017

ESTREMOZ 91 ANOS DA ELEVAÇÃO A CIDADE

Hoje, comemora-se mais um aniversário da elevação de Estremoz  a cidade mais concretamente 91, rebusquei um texto antigo quando fiz o levantamento em 2004 do que existia de uma pagina dos anos 90 do municipio de Estremoz (extinta) e da wikipédia. 
Hoje, olhando para os dados temos 11.800 habitntes uma perda de 4000 habitantes em relação aos censos de 2001, as freguesias já não são 13 mas sim 9 de resto, continua tudo na mesma.
Parabéns Estremoz ...

Estremoz
é uma cidade Portuguesa, situada no Distrito de Évora, região administrava do Alto Alentejo, contando actualmente com 13500 habitantes de acordo com o nº de inscritos para as ultimas eleições para a Presidência da República.
É sede de um município com 513,82 km² de área e 15 673 habitantes (sensos 2001),dividido em 13 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Sousel e Fronteira, a nordeste por Monforte, a sueste por Borba, a sul pelo Redondo e a oeste por Évora e por Arraiolos.
É conhecida internacionalmente pelas suas jazidas de mármore branco. A exploração do mármore de Estremoz tem uma origem muito antiga, como comprovam diversos monumentos, a nível nacional.
Estremoz obteve o grau de cidade, através do decreto 12227, de 31 de Agosto de 1926 .
Brasão - Publicado no Diário do Governo, II Série de 05/03/1951 Escudo de vermelho com um tremoceiro de verde frutado de ouro e ladeado por dois tanques quadrangulares de prata, tudo assente sobre rochedos plantados de pequenos tremoceiros de sua cor; cada tanque encimado por um castelo de ouro de três torres, e em chefe, o escudo de Portugal - Borgonha ( D. Afonso IV ), entre uma lua de prata e um sol de ouro e duas estrelas de oito raios, também de ouro. Coroa mural de prata de cinco torres. Listel branco com os dizeres a negro :  " ESTREMOZ ".
Feriado Municipal - Quinta-feira de Ascensão
Artesanato
Trabalhos em talha de madeira, chifre, cortiça, palhinha, couro, papel, mármore e barro.
São Famosos os Barros Vermelhos de Estremoz, ricamente decorados ou polidos, de formas tradicionais. É uma louça destinada a servir água fria, por isso se denomina louça de água, e os seus púcaros, tão em moda no século passado, foram os mais famosos da Europa. Inicialmente, os oleiros de Estremoz dedicavam-se apenas ao fabrico de telhas, o que mostra como as produções artesanais estavam dependentes da construção.

O mármore branco, é muito utilizado na construção, que, aliado à cal, confere á cidade um dominante tom de branco, realçando o impecável asseio das ruas e das casas. A este respeito e para demonstrar como é antiga a sua exploração nesta região, basta referir que com este material foi construído o templo a Diana em Évora. De mármore é também a torre de menagem de Estremoz, que do alto dos seus 27 metros domina os campos em redor. Foi concluída no reinado de D. Dinis. Este monarca também mandou construir um Paço Real e numa das suas salas veio a morrer sua mulher, D. Isabel de Aragão, a Rainha Santa Isabel.

Urbanismo
A estrutura urbana de Estremoz e a sua organização espacial está intimamente ligada à evolução histórica do tecido urbano. O Castelo de Estremoz, edificado numa posição sobranceira, domina toda a planície de onde é possível avistar algumas limítrofes e os campos alentejanos em seu redor. As muralhas acentuam todo o relevo da cidade e a Torre de Menagem colocada no ponto mais alto concentra toda a sua força na vertical. A massa edificada da cidade raramente atinge os quatro pisos e só em edifícios de construção recente isso é visível, como sejam os casos das construções sito no campo da Feira, bairro da Cobata, bairro de Mendeiros, de prédios junto à Escola Secundária e das Avenidas 25 de Abril e Tomaz Alcaide, todos eles em zonas mais baixas e planas pelo que não alteram o perfil geral da cidade.
Três excepções há no entanto a salientar: dois depósitos de água, um situado no Castelo e outro junto à Porta da Frandina que, pela sua altura e volume, marcam negativamente a paisagem e o conjunto de Silos que, apesar de se situarem numa zona baixa, retiram à Torre de Menagem a força da unicidade.
As actividades foram-se desenvolvendo junto ao ponto de confluência na área central actual, em volta do Rossio Marquês de Pombal, onde hoje está instalada a maior parte de comércio e de serviços, a par de algumas habitações.
A zona mais alta e mais antiga da cidade acusa um despovoamento progressivo em função das classes etárias que a habitam e também das condições deficientes de habitabilidade hoje aí existentes.
O aglomerado inicial, envolvido pela linha das muralhas, expandiu-se com construções fora de portas que constituem os Bairros de Santiago, do Outeiro, de Palhais, e da zona da Levada, de Santo António, da Salsinha, da Cobata, e de Mendeiros.
Ao nível do crescimento urbano, a cidade tem procurado expandir-se de forma equilibrada. Essa expansão tem sido, no entanto, condicionada pela muralha do século XVII, que a poente e norte foi substituída pela linha do caminho de ferro, a sul pela EN4 e também pela A6, a poente pelo traçado do IP2, e a sul - nascente pela existência de pedreiras onde se julga encontrar o melhor mármore da zona.
Característica única, desta cidade, são os amplos espaços existentes no centro, onde predominam os Largos e Praças que lhe dão luz, os espaços verdes que lhe dão cor, e as ruas limpas com os prédios caiados a branco.
O concelho de Estremoz integra o grupo de municípios do Alentejo Central. Insere-se numa região integrada denominada "Zona dos Mármores", que agrupa também os municípios de Alandroal, Borba e Vila Viçosa.
Goza de uma posição geográfica privilegiada , devido à sua localização no cruzamento de dois importantes eixos de desenvolvimento: Lisboa - Madrid e Faro - Guarda, e de ligação rodoviária, quer no estrangeiro, quer no eixo norte - sul pelo interior do país, o que lhe confere uma grande importância associada a uma fácil acessibilidade.
É limitado a norte pelos concelhos de Sousel, Fronteira e Monforte, a nascente pelo concelho de Borba, a sul pelos concelhos de Évora e Redondo, e a poente pelo concelho de Arraiolos.Ocupa uma área total de 514 Km quadrados e apresenta uma densidade populacional de sensivelmente 30 habitantes por quilómetro quadrado.Estes factores contribuem para que o concelho e a cidade se afirmem cada vez mais como um importante polo regional de desenvolvimento.
Estremoz caracteriza-se pela ocorrência de situações climáticas interanuais típicas de regiões interiores:
Período seco bem demarcado ( Junho a Setembro)
Aquecimento acentuado no verão;
Precipitação total anual pouco significativa no contexto global do país ( inferior a 700 mm/ano).
Amplitudes térmicas anuais consideráveis;
As temperaturas mínimas ocorrem nos meses de Inverno - Dezembro a Fevereiro - registando-se médias mensais inferiores a 10ºC. Máximos de temperatura na época estival (Julho a Setembro) atingindo as temperaturas médias mensais valores superiores a 20ºC.Estremoz apresenta 661,8mm de precipitação total anual.
O quantitativo pluviométrico anual do concelho é pouco significativo e o regime pluviométrico apresenta um período seco bem demarcado correspondente aos meses de estio. Os meses mais pluviosos coincidem com o período invernal.
Os ventos sopram periodicamente dos quadrantes Noroeste (Évora) e Norte ( Vila Fernando). O território deve portanto, sofrer a influência durante parte significativa do ano de massas de ar com trajecto atlântico, que condicionam as características climáticas.
Relevo e Paisagem
A cidade de Estremoz situa-se numa elevação que atinge os 448 m de altitude. Desta posição sobranceira é possível admirar a bela e vasta paisagem rural em seu redor e avistar-se, do alto do seu castelo, algumas localidades limítrofes, os campos e montes alentejanos .
O revelo é caracterizado pela existência de algumas massas montanhosas de baixa altitude a par da planície alentejana, que ocupa mais de 3/4 da superfície do concelho. As massas montanhosas que mais sobressaem são os contrafortes da Serra D'Ossa e as elevações ocupadas pelos calcários dolomíticos do anticlinal de Estremoz, em especial para NW da cidade, até ao limite com o concelho de Sousel onde essas elevações são designadas por Serras da Lage, Sousel e S. Bartolomeu.
A nascente da cidade de Estremoz a paisagem está marcada pela exploração e extracção de mármore. Na ocupação dos solos predomina a cultura extensiva e de sequeiro, com especial relevância para os cereais, muitas já reconvertidas em áreas de aproveitamento agro - silvo - pastoril, a par do olival, montado de azinho e sobro, e algumas manchas ocupadas com vinha, pomares, pinhal, eucaliptal e matos incultos, dispersos um pouco por todo o concelho.

Lenda da Fundação de Estremoz

 A lenda sobre as origens do brasão de armas de Estremoz, fundamenta os símbolos que se distinguem no do Município: o tremoceiro, o sol, a lua e as estrelas.
Julga-se que no século XIII os Cavaleiros Templários(?) e muitos dos seus dependentes de Castelo Branco, foram expulsos daquela terra pelo rei de Portugal, na sequência de um delito grave que cometeram (homicídio colectivo de pastores nómadas oriundos da Serra da Estrela que avançaram nos pastos da campina albicastrense). Percorreram durante algum tempo terras do Alentejo, até chegarem às colinas onde hoje se ergue Estremoz.
Aí encontraram grandes tremoceiros, sob cuja sombra descansaram e dos quais fizeram a sua morada. Com o tempo outros forasteiros vieram para esta zona, numa altura em que a Rua Direita já se estendia, a partir do Castelo, até a igreja de Santiago. Quando se formou um núcleo populacional significativo, foram enviados à Corte procuradores para pedirem ao rei que concedesse aquela região um foral régio, que será concedido em Dezembro de 1258.
Inquiridos sobre o que gostariam de ver representado nas suas armas, responderam que gostariam de ver registada a lembrança do que primeiro tiveram nessa terra: a sua primeira casa - o tremoceiro -, e o tecto daquela: o sol, a lua e as estrelas.
Fontes: Município de Estremoz página antiga, Wikipédia, Albino Carrasquinho,

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